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Crash Cripto 2025: lições do Maior Evento de Liquidação da História

O fim de semana que abalou o mercado cripto

Entre 10 e 11 de outubro de 2025, o universo das criptomoedas vivenciou o maior evento de liquidação da história, com US$ 19 bilhões eliminados em posições alavancadas. Bitcoin e Ethereum caíram significativamente e as altcoins tiveram perdas absurdas, gerando pânico generalizado nas bolsas de derivativos e plataformas DeFi.

De forma abrupta, a capitalização de mercado global caiu abaixo de US$ 4 trilhões. A rápida queda do Bitcoin foi impulsionada por liquidações forçadas em contratos futuros de alta alavancagem. No entanto, ordens de compra de grandes players institucionais e fundos de risco apoiaram a recuperação nos dias seguintes.

Enquanto o Bitcoin se estabilizou, altcoins viram movimentos ainda mais extremos:

  • Ethereum recuou 17,5% antes de retomar parte das perdas
  • Tokens DeFi e memecoins registraram liquidações em minutos
  • Volume de negociações derivativas chegou a recordes de US$ 150 bilhões no fatídico dia.

Guerra tarifária EUA x China

O gatilho principal foi o anúncio de tarifas comerciais de 100% sobre produtos chineses, em retaliação às barreiras tecnológicas. A incerteza geopolítica derrubou ativos de risco globalmente, levando investidores a fechar posições alavancadas em criptomoedas.

Alguns pontos da situação no dia do crash que ajudaram a intensificar o movimento:

  • Alavancagem média em exchanges derivativas: 20×
  • Plataformas DeFi com posições abertas acima de US$ 500 milhões em ETH alavancado
  • Falta de mecanismos automáticos de redução de risco intensificou o sell-off

A análise técnica também já apontava sinais preocupantes, como:

  • Divergência negativa no RSI diário do Bitcoin
  • Camadas de liquidação concentradas em US$ 120.000
  • Oráculos de preço retardando atualização de PnL em blockchains congestionadas

A retomada no dia imediatamente ao crash foi rápida, demonstrando resiliência e forte suporte em níveis-chave. Indicadores on-chain apontam acumulação por investidores de longo prazo, enquanto as métricas de funding rate sinalizam equilíbrio entre compradores e vendedores. Entretanto, no nível macroeconômico e geopolítico, as incertezas ainda deixam o mercado cauteloso.

Lições aprendidas – Gestão de Risco em mercados voláteis

O que podemos aprender de um evento tão drástico para o mercado cripto? As sugestões abaixo nos dão algumas direções, principalmente para quem investe ativamente em DeFi e opera negociações em Futuros.

  • Diversificação entre spot, derivativos e DeFi
  • Limitar alavancagem máxima a 5×–10×
  • Uso de stop-loss dinâmicos e oráculos de preço redundantes
  • Monitoramento contínuo de tensões geopolíticas e macroeconômicas

Agora é observar os movimentos do mercado, com uma possível consolidação lateral do Bitcoin entre US$ 110 000–US$ 125 000 como provável tendência no curto prazo. Em relação às altcoins, a volatilidade deverá continuar elevada, com movimentações que podem superar os 10% (para cima ou para baixo).

Notícias positivas, como por exemplo as relacionadas ao lançamento de novos ETF e o avanço da regulamentação institucional, podem fazer com que o mercado cripto no geral retome a tendência de alta. Como indicamos acima, o monitoramento contínuo é uma ferramenta essencial para se manter uma saudável gestão de risco, que é a palavra-chave para nos protegermos de futuros crashes.


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